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quarta-feira, 13 de outubro de 2010

PAPEL

Sou só um papel inocente,
Esperando num canto qualquer
Alguem, com material suficiente
Pra fazer e acontecer,
Crianças me pegam, me riscam, me rasgam e me amassam
Sou frágil, porém poderoso
Pois através de mim,
Lá se vão as mensagéns
De paz, saúde, amor e guerra tambem,
Posso ser branco ou colorido
Fino ou espêsso,
A textura não importa,
Pois todos precisam de mim,
Fazem de mim gato e sapato,
Me usam de qualquer jeito
Depois do abuso, acabo no lixo
Uns me queimam, outros reciclam.
Sofro transformações,
Viro caixa de sapato,
Belas caixas de artesanato,
Sou muito bem trabalhado
Pra ser muito bem usado
No dia a dia dos meus donos,
Tal qual bola de ping pong
Lá vou eu, saltitando
De mão em mão,
Enfeitando prateleiras,
Virando papel de parede
Bolinha nas patas do gato,
Sou misto de côres e brilhos.
Sou muito importante meu caro.
Porque até para escrever estes versos,
Minha dona poeta, escritora......
Usou caneta colorida
Pra pincelar nas entrelinhas
Sua mágica caneta,
Que deixa aqui o registro
Numa bela assinatura,
Exaltando meus poderes
De papel obediente,
Sempre pronto, para o seu dono
Fazer de mim o que quizer
Me enviar pelo correio
Num destino, destinado
A álguem materializado
De corpo e alma, esperado.
Me sinto muito honrado
De ser assim tão, requisitado
Papel ofício, cartão ou papelão
sou modelado de tantas maneiras
Que nem me importo com isto,
Pois seja como fôr
sou sempre procurado
No discorrer da caneta
Sôbre esta lisa textura.
com muita honra lhe digo.
Sou papel ___ Papel de quê ?
Ah! Que importa!
Sou simplesmente
PAPEL.

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