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quarta-feira, 27 de novembro de 2013

INVISIBILIDADE

O vento me levou até você Peguei em suas mãos e junto com elas desenhei um coração Você nem se deu conta que eu estava ali De camisa aberta o vento batia no seu peito Soprava nas suas narinas, trazendo a brisa do mar Você em silêncio olhava perdido o horizonte Seus olhos me procuravam Seus sensores me sentiam As ondas imensas invadiam a praia Que espumavam suas águas na areia Apagando todo o desenho Eu ali invisível, você ali perdido O vento desalinhava seus cabelos Seus pensamentos traziam saudades De alguém de muito longe E eu ali invisível, a lhe observar Seus suspiros, sua boca balbuciando meu nome Na invisibilidade eu não conseguia me materializar Minha sombra imperceptível lhe rodeava E você ali numa eterna saudade doída Desse alguém que não consegue se apartar Lembranças e sonhos ancorados no seu peito Sonhos de menino, de homem feito para amar E eu ali, na invisibilidade não podendo lhe alcançar Seus pés descalços entravam no mar Seus olhos perdidos queriam me alcançar A brisa fria e silenciosa caminhava Empurrando seu corpo de frente para o mar Ondas gigantes tentavam lhe encontrar E eu ali, só querendo lhe amar. E você ali, perdido na imensidão do mar

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